22 de setembro de 2007

o que É amor

"agora ficamos (pelo menos eu fico) no aguarde para saber oq é amor pra vc? muito já se falou, é verdade.. mas o amor tem uma definição pessoal, subjetiva e intransferível, pra vc, ou to errado?"

Atendendo ao pedido d'O vencedor, grande amigo Gabriel, responderei agora o que É amor, na minha concepção e desde já solicito (^^) a definição de amor dele e da ninemenina.
^~

Here we go!
Como o Gabriel já introduziu no comentário que fez na penúltima postagem do meu blog, tenho minha própria definiçã do amor, subjetiva e intransferível ^^. Acho que, como disse no orkut, ninguém "ama igual". Se todos os amores fossem iguais, todos nos casaríamos com a primeira pessoa que amássemos.
Tem tantos tipos de amor, e tantas formas de amar. Mas nenhuma menor que a outra, nenhuma mais importante que a outra.
Eu sei que amo alguém quando, ao lembrar dessa pessoa, sinto vontade de sorrir. Uma vontade que vem lá de dentro, como se meu coração dissesse que aprova esse pensamento. Aquele amor puro, que você sente por aquela pessoa que traz felicidade pra sua vida pelo simples fato de existir.
É o amor de amigo, inabalável, e quase (mas não) incondicional. Já tentei parar de perdoar os erros de pessoas amigas que me magoavam, mas o amor me ensinou que mesmo a pessoa amada comete erros e que não sinto amor por alguém se os defeitos dessa pessoa me chamam mais a atenção que suas qualidades.
Mas tem aquele outro amor, que dói mesmo quando correspondido. A dor gostosa, da saudade, do desejo, da paixão. O amor completo. A pessoa amada é tudo... O amigo, o amante, o inimigo, o adversário, o cúmplice, a vítima, o bandido. A pessoa amada traz tudo... Carinho, afeto, paz, sossego, ansiedade, nervosismo, raiva, 'descontrole'. O amor é extremo. É um eterno estado de insatisfação. Quanto mais se tem, mais se quer.
Sentimos vontade de viver uma coisa de cada vez, mas ansiamos a realização de novos projetos que parecem distantes e urgentes. Sabemos que o hoje só pode ser vivido hoje, mas a possibilidade de passar o resto da vida ao lado da pessoa é deliciosa e acelera o coração. Quer-se viver a eternidade todos os dias.
Amar é apaixonar-se todos os dias pela mesma pessoa. É amar-se ainda mais por saber que só você faz seu amor feliz e que só poderia ser você, e mais ninguém, a viver aquele momento daquela maneira ao lado daquela pessoa.
Amar é ver e querer tocar. Tocar e querer sentir o perfume. Sentir o perfume e querer abraçar...ter o abraço e querer o beijo. E, ao ter o beijo, querer o corpo. E ao ter o corpo, querer estar dentro do corpo. E ao estar no corpo, querer ser o corpo. É querer viver hoje todo o futuro que têm pela frente.
Amar hoje significa, necessariamente, amar amanhã. Mas não depois de amanhã. A utopia da eternidade é inerente ao amor, mas o amor nasce, e o amor morre. Precisa de cuidados. Se não da pessoa que se ama, dos seus cuidados. O amor não precisa ser recíproco pra sobreviver. O amor precisa ser amado. Enquanto você for feliz pelo amor que sente, independente da reciprocidade, você vai amar. Mesmo que o amor traga dor, se você quiser amar, vai amar. Tem que abrir mão da vontade de ser feliz exclusivamente com aquela pessoa pra deixar de amar. Amor é escolha. Não escolha do cupido, não escolha do destino. Não se escolhe quem ama, verdade. Mas somos completamente capazes de escolher quem não amamos.
E 'não amar' não significa 'esquecer'; quem ama nunca esquece.
Shakespeare fala, no soneto 116 (já postado aqui no blog) que o amor verdadeiro é eterno. Vinícius de Moraes fala, no soneto de fidelidade, que o amor é chama, e que, por isso, é finito. São diferentes formas de amar. Vinícius nunca teria feito Shakespeare feliz. Eles terminariam e Shakespeare, preso ao conceito de que amor é eterno, passaria a eternidade sofrendo. Mas Vinícius não ama menos que o William. Nem mais. Ele ama diferente. Como eu amo diferente de você.
Todos são insubstituíveis, mas não indispensáveis. Há tantas pessoas que vivem FELIZES sem conhecer a pessoa que você ama. Por que você não pode?

E é assim que é o meu jeito de amar ^^.
Satisfeito, Gabriel?

bêjo :*

2 comentários:

* * Marinete * * disse...

nossaaa.. complicou hein!
depois de um testo perfeito como esse, e um poema maravilhoso que o biel escreveu, prometo em uma linguagem simples e direta responder à esse questionamento..
aguarde..

Patrícia Lima disse...

Por incrível que pareça, lendo sua concepção sobre o amor, abro um bombom "serenata do amor", que vem com alguns pensamentos no papel que o reveste: "Amar é encontrar na felicidade do outro a própria feliciade".
Pois bem, concordo com a corrente que diz que o amor não é eterno, eu por exemplo já amei por diversas vezes (aquele sentimento que te leva de um extremo ao outro em fração de segundos, sabe neh!?).
Viajei no tempo agora lembrando do meu primeiro amor, aquele garotinho irritante no pré-escolar que vivia tentando pisar nos meus pés e que na hora do recreio na fila da cantina insistentemente puxava os meus cabelos e eu roxa de raiva daquelas atitudes, mas qd chegava em casa, ficava pensando naquele pestinha e torcia pra chegar logo o dia seguinte para que eu pudesse experimentar novamente toda aquela sensação de desconforto que o mulek me causava. Entendo que isso se chama amor (inconsciente, mas era, rs). Depois vieram outros amores, cada um com sua característica, dentre eles, dou enfase ao amor que vem acompanhado da maturidade (é o tal amor incondicional), pois quem ama de verdade não impõe condições, respeita as manias, as decepções, e até mesmo a imaturidade do ser amado... o importante no amor é não ser conivente com o que te faz mal e se quem vc ama não tem as qualidades que vc espera, é vc quem tem que partir pra outra ou seja, abençoado o pensamento supracitado. Cada ser humano tem a sua essência e não deve se corromper nem mesmo por amor!!!