29 de junho de 2008

par perfeito

Aí vai um textículo que escrevi por acaso. Comecei a digitar e quando vi, tinha saído isso daí. É claro que quem me conhece, já sabia disso tudo. ^^v

Se você quiser que eu te ame, permaneça do lado de fora do portão, fora do muro que eu construí à minha volta. Se eu não te der a mão é porque eu não quero que você me siga. Se eu correr, não tente me alcançar. Se eu me esconder, não tente me encontrar.
Se você quiser que eu te ame, jogue do meu jeito. Se você disser que isso não é um jogo, eu vou provar que você está errado.
Se você quer que 'você e eu' sejamos nós, seja sempre você mesmo e permita que eu seja eu mesma. O amor é somar a mim em você. Não subtrair você de nós. Eu tenho que ser EU pra fazer você me amar. Se eu tiver que me tornar quem você quer que eu seja, é só você amando a você mesmo.

por Liu, em 29/06/2008

13 de junho de 2008

preciso dizer que te amo.

Estava navegando no meu próprio blog, lendo postagens antigas, as cartas que não mandei... Lembrei-me que minha mãe sempre diz que quando a dor passa a gente ri. Quando passa você olha pra trás e se sente idiota por ter-se sentido daquela forma... E comigo não foi assim.
As três postagens em que pus mais emoção, que foram Palavras e Silêncio, Infinita Highway e Heard Hart não são engraçadas. Ao lê-las não senti vergonha ou achei graça, mas senti saudade. Saudade da sensação e da emoção que senti ao escrever. Cada carta foi pra uma pessoa e nenhuma foi mais importante que a outra. Não me arrependo de ter escrito e melhor que isso: me arrependi de não ter enviado duas delas.
Palavras e Silêncio e Infinita Highway foram cartas que deveriam ter sido enviadas. Infinita Highway certamente foi lida por seu destinatário aqui no blog e o dito cujo sabia que era pra ele, mas Palavras e Silêncio não. Não é que me arrependa de não ter vivido, de não ter tentado. É que alguém que foi tão especial que merecia saber o que eu senti. Não me acho idiota por ter-me sentido assim.
Ao ler aquela carta sinto-me orgulhosa. Orgulhosa de ter sentido o que senti. Muitas pessoas morreram sem sentir aquilo, sem colocar tanto de si numa carta, sem ter tanto receio, sem ter tanta vontade de ter alguém ao seu lado.
Hoje o destinatário da carta Palavras e Silêncio é apenas um grande amigo... Apenas não, porque um grande amigo não é pouca coisa. Alguém que não sabe o quanto gostei dele, é verdade, mas é também alguém a quem pretendo dizer o quanto o amo hoje.
Lendo essas cartas penso que o receio que sentimos em proclamar nossos sentimentos e as possíveis conseqüências ruins que vêm com tal ato são coisas pequenas perto do arrependimento de não fazer a pessoa saber o quanto foi querida, o tamanho da emoção que causou.
Um ano depois de escrever Palavras e Silêncio, muita coisa mudou. Muita mesmo. Vivi muita coisa, conheci muita gente. Me apaixonei pelo destinatário de Hard Heart, me apaixonei por um destinatário que não ganhou cartas, mas a importância do causador de sentimentos do dia 15 de junho de 2007, e de tantas outras vezes que esse mesmo poeta colocou borboletas na minha barriga, só aumentou.
Foi alguém que me fez sentir. E alguém que depois de um ano consegue me ensinar muitas coisas sobre algo que nem sinto mais.
Se eu posso dar um conselho a você que está lendo essa postagem (haja paciência hehe) é este, tirado de duas músicas do cantor Gabriel, o pensador:
"Pensa, que o pensamento tem poder. Mas não adianta só pensar. Você também tem que dizer.
Diz, porque as palavras têm poder. Mas não adianta só falar. Você também tem que fazer.
Faz, porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer."

e "Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente."

A pessoa que você ama merece saber que é amada. Não apenas porque você corre o risco de perdê-la se não disser, mas porque o amor deve ser proclamado, deve ser anunciado. Ainda que você tenha momentos de dúvidas sobre o amor, a paixão, o afeto e variações.
O amor pelo amor deve ser encorajado. Sinta-se orgulhoso por ser capaz de sentir. Faça alguém feliz por saber que foi capaz de causar o amor.

E se esse tal amor não for recíproco, não se sinta um lixo por isso.
Na próxima postagem eu falo por quê.